segunda-feira, 28 de abril de 2014

Caindo a ficha

Falta pouco mais de três meses e está começando a cair a ficha!!! Meu noivo e eu já moramos juntos há (quase) quatro anos então, para muitos, o que teremos será só a oficialização, mas para mim é o casamento MESMO, sabem? O que vivo hoje, apesar de ser vida de casada, não encaro como "casamento sem papel passado", encaro como "resolvemos morar juntos para ver se era realmente isso que queríamos das nossas vidas" e o casamento, estar diante de Deus, dos nossos antepassados, dos nossos familiares e amigos dizendo: Sim. ISSO é o casamento. ESSE é o compromisso de vida. "Juntar os trapinhos" é brincar de casinha, o casamento é o compromisso eterno.

Algumas pessoas acham que o nosso casamento não tem tanto significado porque a Grande Escolha foi quando decidimos morar juntos, mas eu não concordo! Não mesmo!!! Morar junto é muito fácil! Compra as coisas, divide um teto. Encheu o saco? Faz as malinhas e vai embora. Se algum de nós fizer isso hoje, não muda nada. Seremos solteiros. Se fizermos essa escolha depois do casamento, não seremos solteiros, seremos divorciados. Só eu vejo a diferença? :P

Não posso dizer que o nosso namoro é "qualquer namoro". Eu nunca morei com outro namorado e nem ele com outra namorada, mas ainda assim, é só um namoro, entendem? É um compromisso menor! Nos formulários, o estado civil é "União Estável", que é mais que "Solteiro" e menos que "Casado", mas se dissolvermos a união estável, seremos tão solteiros quanto éramos quando rompemos aquele primeiro namorico da escola que se resumia a sentar junto na hora do recreio.

A cerimônia de casamento, seguindo as Leis de Deus (para os religiosos, como eu) e/ou as Leis dos Homens (para quem casa no Civil) é um compromisso de mesma importância tanto para quem mora com o namorado/noivo quanto para quem não mora. Acho que muita gente tem dificuldade de entender isso porque acham que casamento é morar junto. Não! Não é!!! Casar é assumir, diante de todos, o seu compromisso em fazer seu esforço máximo para fazer aquela pessoa feliz pelo resto da sua vida, estar com ela em todos os momentos, apoiá-la... Não que você não vá apoiar a pessoa se não for casado, mas sei lá... Acho que é diferente. Acho que o que evidencia mais a diferença morar junto x casar é o estado civil que você fica se a união não der certo.


Minha religião não defende que as pessoas (homens e mulheres) devam casar virgens, mas aconselha que, para ter o ato sexual, se deve ter a intenção de casar. O Marcelo foi o único homem que eu tive porque foi o único que eu tive o real desejo de me casar, mas não pulei etapas.
Ficamos por 3 meses (ok, não ficamos com outras pessoas durante esse tempo, mas mesmo assim, não era nada oficial). E ficar junto foi bom. A gente se entendia, tinha gostos parecidos, não queríamos estar com outras pessoas... Então, 26 de Agosto nós começamos a namorar e namoramos, cada um em sua casa, por (quase) 3 anos (fomos morar juntos 14 de Junho de 2010 e comemoramos nosso 3º aniversário 26 de Agosto de 2010). Nosso namoro era bom e nós tínhamos o real desejo de ficar juntos, mas será que nós funcionávamos embaixo do mesmo teto? A única forma de saber é tentando. Então, decidimos tentar :)
A maior parte dos divórcios tem dois períodos críticos: Até o segundo ano, muitos casamentos se dissolvem. Dos que sobrevivem aos primeiros dois anos, muitos, acabam até o 4º ano de convivência. Os que passam do quarto ano duram décadas (via de regra).
Em menos de 2 meses o meu noivo e eu vamos atingir a marca dos quatro anos sob o mesmo teto. Tivemos todo tipo de conflito de gostos, interesses e coisas do tipo, mas conseguimos superar todos, passando por todos os períodos críticos. Acho que nós podemos considerar que damos certo juntos e, por isso, vamos nos casar. Se não tivesse dado certo, seríamos solteiros... Morar junto foi tipo "teste", sabem?

Uma pessoa que eu conheço começou a sair com uma menina e, com menos de um ano de namoro, tinham noivado (o namoro anterior durou ANOS e não virou noivado). Eu perguntei "Você ficou com a Fulana (sem exposições, né? ;) por anos e não a pediu em noivado. Agora está com essa moça há tão pouco tempo e já fez o pedido? Não acha meio rápido?"
Acho que a pergunta não foi bem encarada porque, em vez de uma resposta, tive a pergunta "Você namora há quase sete anos e ainda não é casada, não acha meio devagar?" e a minha resposta foi: não. Não acho. Foi um caso pensado. Nunca fizemos nada por "calor do momento". Não começamos a namorar as pressas, não decidimos casar as pressas. Fizemos tudo com muita calma, sempre pisando em terreno muito firme e temos absoluta certeza do que queremos. Que certeza pode ter alguém que não conhece a pessoa ha nem um ano? Parece mais vingança pela ex do que vontade mesmo... Algo tipo "ah, me deu um pé na bunda? Vou casar com a primeira que aparecer!!!"

Não pensem vocês que existia uma amizade duradoura com a menina, porque não existia. Se conheceram há pouco tempo e logo começou o ficar-namorar-noivar, tudo atropelado. É claro, quem sou eu para julgar? Mas me orgulho de não ser assim.

Muitos dizem "Se tiver que dar certo, vai dar de qualquer jeito, mas se tiver que dar errado, também vai dar de qualquer jeito" e eu concordo plenamente com isso, mas eu sou uma pessoa muito careta e ainda acredito que casamento é para sempre. Eu sou aquela pessoa com mentalidade antiga, que acredita que casamento é um só. Se eu tivesse me casado com cada namorado cujo namoro durou quase um ano, o Marcelo seria o meu terceiro marido!!! Acho que se tiver que dar certo, vai dar, mesmo que você case com a pessoa no dia em que a conhecer e, se tiver que dar errado, vai dar, mesmo que você namore com a pessoa durante 20 anos, só acho que tem mais chance de dar certo um casal que se conhece e está junto a mais tempo, do que um casal que começou uma estrada junto agora... E esse é um dos motivos porque eu acho o meu casamento tão especial! Não houve ansiedade, não houve afobação, cada passo foi pensado e seguro. Não atropelamos etapas. Isso não é garantia nenhuma que o nosso casamento será eterno, mas eu me sinto muito mais segura em estar me casando com um homem que me acompanha, que está comigo, que é meu amigo, meu companheiro, meu amor, durante quase 1/3 da minha vida, do que eu estaria com alguém que não passou nem um ano comigo... O meu casamento é assumir: damos certo. Tudo até agora foi "tentativa". Tentamos ficar juntos e deu certo. Tentamos namorar e deu certo. Tentamos morar juntos e deu certo. Acho que me casar com ele é uma aposta segura.

Até Novembro de 2012 as coisas ainda não estavam nos eixos! Ainda estávamos nos adaptando, ainda fazíamos escolhas erradas, ainda nos magoávamos. Foram 5 anos de muitas provas de fogo. Poucos aguentariam tudo o que o nosso relacionamento aguentou. Nós mesmos, em diversos momentos, pensamos em desistir, mas nós vencemos cada obstáculo. E quando eu queria jogar tudo para o alto, ele me fazia mudar de ideia. E quando ele queria jogar tudo para o alto, eu o fazia mudar de ideia. Nós nos demos incontáveis "últimas chances" e, pra mim, isso é amor. "Amar" o que é perfeito é muito fácil, difícil é continuar amando após conhecer todos os defeitos. O Marcelo conhece meu melhor e meu pior lado e me ama apesar do meu pior lado. Eu conheço o melhor e o pior lado dele e o amo apesar do pior lado. E ele é tão bom pra mim que me fez melhorar em muitos pontos, me tornando uma pessoa melhor. E eu sou tão boa para ele que também o fiz mudar muitos pontos, tornando-o uma pessoa melhor.

Em pouco mais de três meses eu estarei, diante do altar, dizendo sim para ele, para esse homem, esse amigo, esse amor, esse companheiro, esse professor de bioestatística, lógica e computação, esse crítico da minha cozinha, esse palhaço que me faz rir até quando eu quero chorar, esse galã que tem o sorriso mais lindo do mundo, com a pele mais cheirosa do mundo e o olhar mais doce do mundo, esse pentelho que gosta de dormir cedo, de PS3, de cerveja e que deixa o copo sujo fora da pia. E sabem de uma coisa? Eu não podia estar mais feliz. Casar com ele será minha escolha mais acertada.

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